quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pelo alívio das almas

Como sufragar as Santas Almas?


Missas Gregorianas

É providenciar a celebração de trinta Santas Missas individuais, isto é, mesma igreja e altar.
O essencial é que sejam celebradas trinta Santas Missas por um falecido, em trinta dias consecutivos.

"Deus acolhe com mais fervor a oração pelos mortos, do que a que nós lhe dirigimos pelos vivos". São Tomás

Exercícios de piedade nas segundas - feiras e no Mês de Novembro

Como nos ensina a Tradição cristã, o costume de fazer piedosos exercícios pelas almas do Purgatório nas segundas-feiras durante o ano todo, e também durante todos os dias do mês de Novembro, neste mês rezamos em especial pelas almas do Purgatório, nestes dias pratiquemos em súfrágio das almas o quanto pudermos; assistir a Santa Missa, receber a Sagrada Comunhão, das esmolas, fazer a Via Sacra, visitar os doentes, enfim, temos à nossa disposição muitas maneiras de sufragá-las.

Santa Missa

É o maior, mais poderoso e eficaz sufrágio que possamos oferecer a Deus pelos falecidos. É o mesmo Sacrifício do Calvário, na Santa Missa se oferece o próprio Deus para reparar as faltas de toda a humanidade. Pode haver maior sufrágio que a Santa Missa?

Distinguem-se quatro frutos principais do Santo Sacrifício:

· Um fruto geral – aplicado a todos os fiéis vivos e falecidos não separados da Comunhão da Igreja;

· Um fruto especial – aplicado aos que assistem atualmente a Santa Missa;

· Um fruto especialíssimo – aplicado aos que mandam celebrar a Santa Missa e

· Um fruto ministerial – que pertence ao celebrante e é alienável.

"Vale mais assistir devotamente uma Santa Missa por nós em vida, ou dar espórtula para se celebrar, do que várias Missas após a morte". Santo Anselmo

"A cada Santa Missa celebrada com devoção, saem muitas almas do Purgatório. E não sofrem tormento algum durante a Missa aplicada por elas". São Jerônimo

"Os anjos não somente assistem ao Sacrifício da Santa Missa, senão que no fim acodem voando às portas do Purgatório a libertar às almas, às quais Deus aplica a virtude do Santo Sacrifício que se acaba de celebrar". São João Crisóstomo

"Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa". São Lourenço Justiniano

"Toda Santa Missa diminui teu Purgatório; toda Santa Missa alcança-te um grau de glória no Céu". São Bernardo

"A Santa Missa é o sol que dissipa as trevas do Purgatório".

São Francisco de Sales

"Na hora da morte, as Santas Missas às quais tiveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Santa Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados...". Santo Agostinho

Comunhão

Sim, depois da Santa Missa, não há sufrágio melhor e mais poderoso para socorrer as pobres almas que a Santa Comunhão. Escreveu São Boaventura: "Que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar descanso aos que padecem no Purgatório".

A comunhão dignamente recebida é um meio especialíssimo para o sufrágio das almas do Purgatório, pois na Sagrada Comunhão oferecemos o próprio Deus.

Podemos também oferecer a Comunhão Espiritual pelas almas sofredoras.

Penitência e Boas Obras

A penitência além de nos ser necessária, é muito meritória, e podemos oferecê-la em sufrágio das almas do Purgatório. Oferecer alguns momentos de sede de vez em quando, para matar a sede que as almas do Purgatório têm de Deus. Mortificar a curiosidade nas leituras, em querer saber tudo, para reparar os pecados cometidos pelas almas por esta falta de mortificação. Dominar a gula, os vícios, etc. Fazer atos de humildade para reparar o orgulho cometido por tantas almas que sofrem. Reservar um pouco dos rendimentos para providenciar a celebração da Santa Missa, e para outros atos de caridade em sufrágio das almas do Purgatório.

Assim, tiraremos duplo proveito: a nossa santificação e o alívio das almas sofredoras.

"Uma pequena penitência livremente praticada nesta vida é preferível, aos olhos de Deus, a uma grande penitência imposta na outra". São Boaventura

Via Sacra

É também um excelente meio de sufrágio para as almas sofredoras, a meditação da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo nos recorda o Preciosíssimo Sangue derramado pela salvação das almas, e nos faz pedir pelo Sangue de Cristo a libertação das almas do Purgatório.

"Si quereis crescer de virtude em virtude, atrair para vossa alma graça sobre graça, entregai-vos muitas vezes ao piedoso exercício da Via Sacra". São Boaventura

Esmolas

Socorramos os pobres e necessitados, oferecendo as indulgências recebidas em sufrágio das almas do Purgatório. Já no Antigo Testamento observamos esta prática.

O anjo disse a Tobias:

"A esmola salva da morte, apaga os pecados, tira a alma das trevas, faz-lhe achar graças diante de Deus e lhe assegura a vida eterna". Tobias 4, 8-11


Água Benta

O Venerável padre Domingos de Jesus, segundo o costume da Ordem Carmelitana, tinha uma caveira sobre a mesa de sua cela. Certo dia, ao ter aspergido essa caveira com água benta, a mesma começou a bradar em voz alta suplicando: Mais água benta! Porque ela alivia o ardor das chamas horrivelmente dolorosas!

A oração da Igreja intercede por meio da água benta, por isso as almas do Purgatório tanto anseiam pelo uso desta em seu favor.

Nossa Senhora - Um a parte especial à sua Intercessão...

"Eu sou a Rainha do Céu, eu sou a Mãe da misericórdia, o caminho Por onde voltam os pecadores a Deus. Não há pena no Purgatório que não se alivie e que por mim não se torne menor do que si o fôra sem mim". (Nossa Senhora à santa Brígida)

"Cada ano, nas grandes festas, a Mãe de Deus desce ao Purgatório e liberta muitas almas do sofrimento, levando-as para a glória, sobretudo nas festas da Páscoa, do Natal e da Assunção". Venerável Dionizio Cartuziano


Escapulário de Nossa Senhora do Carmo

Diz a tradição que na noite do dia 16 de julho de 1251, o Prior Geral dos Carmelitas, São Simão Stock, um homem considerado por todos os Irmãos como um homem de intensa oração, de entrega total, devoção e amor à Mãe do Carmelo, a Virgem Maria, mergulhado na oração, dirigiu-se a Virgem Maria e pediu-lhe a proteção da "Senhora" sobre seus vassalos em tempos de perseguição e dificuldades. Pediu-lhe que ajudasse a seus Irmãos, porque estes sempre se mantinham fiéis a seu serviço e agora necessitavam de sua ajuda. Neste momento, segundo a tradição, rezou esta famosa oração que até hoje os Carmelitas cantam solenemente nas festas:


"Flor do Carmelo, vide florida.
Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável.
Doce Mãe, mas sempre Virgem,
Sede propicia aos carmelitas, Ó Estrela do Mar".

Durante esta oração, apareceu-lhe a própria Virgem Maria, rodeada de anjos.
Entregou-lhe o Escapulário que tinha em suas mãos e lhe disse:

"Recebe, meu filho muito amado, este Escapulário de tua Ordem, sinal de meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas: quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e de amor eterno".

E ainda:

"Eu, como terna Mãe dos confrades carmelitas, descerei ao Purgatório no primeiro sábado depois da sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna".

Normas Práticas no uso do Escapulário:


O escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote, com a imposição passa-se a fazer parte da grande família carmelitana, participando de toda a vida espiritual do Carmelo.

Por ser confeccionado com tecido, o escapulário desgasta-se facilmente; por isso recomenda-se que seja substituído por um novo quando necessário. Este também deverá receber a benção sacerdotal.

Pode ser substituído por uma medalha que represente de uma parte a imagem do Sagrado Coração de Jesus e da outra, a Virgem Maria.

O escapulário compromete com uma vida autêntica de cristãos que se conformam às exigências evangélicas, recebem os Sacramentos, professam uma especial devoção à Santíssima Virgem, expressa ao menos com a recitação diária de três Ave-Marias.


Todo pecado trás como conseqüência duas coisas:

A culpa e a pena (pena eterna + pena temporal).

Pela verdadeira contrição e pelo Sacramento da Reconciliação, ficam perdoadas a culpa e a pena eterna. Todavia, fica-nos o dever da penitência e da reparação do mal que cometemos. Fica uma dívida (referente a pena temporal) que devemos pagar à Justiça de Deus, nesta vida ou no Purgatório. Pelas indulgências podemos diminuir e até apagar toda a pena temporal. Tiramos do Tesouro da Igreja, formado pelos méritos superabundantes de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos o que precisamos para pagar as dívidas à Justiça Divina, e isto, podemos realizar devido a Comunhão dos Santos. Entendendo melhor... A Igreja, pelo Tesouro da Igreja Universal formado pelos méritos superabundantes de Nosso Senhor Jesus Cristo, os méritos da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos, aplica para o bem dos fiéis neste mundo e para alívio das almas do Purgatório, as Indulgências. É uma graça de Deus, que ocorre devido o dogma da solidariedade dos fiéis, dos que estão na graça de Deus, isto é da Comunhão dos Santos.